quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pétalas



Você pode sentir ? É uma dor fina que insiste em acompanhar-me aonde quer que eu vá. Sufoca o peito e arranha a garganta com palavras engasgadas do silêncio noturno.Você pode sentir?
 Lá fora não há ninguém. Deixaram-me aqui, neste quarto escuro, em meio ao relento ao som da chuva. A solidão e o absinto cerceiam-me de vozes que recuso a ouvir. Você pode sentir ?
 Ao redor  pétalas murcham refletem a estória de um coração amargurado . No peito apenas o pranto e a lembrança de quem jamais voltará.Você pode sentir?
Então me leva para casa...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Instinto e vdg

Hei girls eai? Final de semana bom, ruim, ou pessimo? O meu foi o tédio.

Mas agora vamos falar um pouco de coisas futeis e abobrinhas:
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Por mais que eu queira - eu sei que não posso e não devo - meu estranho e ingraçado instinto, me pede gritando as qutro ventos que largue tudo - a vida, as pessoas, meu futuro - e fuja. Mas para onde é que ele quer que eu mera mortal vá? Há tantos lugares aqui perto de mim que são inexploraveis, aqui mesmo dentro de mim há coisas que não conheço.
Não há como largar minha vida, pede outra coisa menos impossivel, não quero deixar de viver, não há motivos sordidos e suficientes que me levem a deixar de viver e partir para o des-conhecido. É meio que impossivel largar as pessoas. Essas criaturas estão em tudo que e lugar, mesmo não sendo nossas convidadas. Além do mais, com quem eu iria bater um papo surreal sobre coisas que definitivamente não existem?
Meu futuro creio que pode esperar a turbulência que o presente está causando para em fim chegar de vez.
Ando me pergundando insessantemente sobre coisas que não tem respostas e acabo que por ouvir meu instinto que me diz coisas absurdas.
Não, defitivamente eu não quero e não posso deixar de viver este momento. São coisas qeu a vida me pede para aprender e sem elas talvez eu nem sobreviva a proxima tragedia.O.K, eu mais do que ninguém sei que sou a rainha do drama e que estou fazendo tempestade em copo d'agua, mas será que tudo isso logo vai passar?
O céu anda brilhando demais. Os cheiros que me lembram coisas passadas me aterrorizam acada segundo. O proprio sol virou o vilão da minha triste história. Pobre coitada da lua que tem de ser testemunha de meus atos sem noção.
Creio que já se mais de 24h desde que minha vida esta bem, sem problemas. Pois é, tem algo de muito errado nisto. Será que fui abdusida pelo meu instinto e agora estou presa em um dimensão de coisas boas?
Não. Só estou sonhando acordada mais uma vez.

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VDG na capa da Capricho:

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Defenestração...

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra.
Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos.
Aonde eles chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- lh, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alô...
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.
Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas.
Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussufrar no ouvido das mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações.
Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:
- Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada.
Mesmo errada, era a palavra exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês "defenestration". Substantivo feminino.
Ato de atirar alguém ou algo pela janela!
Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte.
Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.
- Les defenestrations. Devem ser proibidas.
- Sim; monsieur le Ministre.
- São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
- Sim, monsieur le Ministre.
- Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido.
Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: "Interdit de deffnestrer". Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.
Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.
- É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...
- Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a
mãe. Nada com o que se preocupar - diz o analista, afastando-se da janela.
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.
Na lua-de-mel, numa suite matrimonial no 17o andar.
- Querida...
- Mmmm?
- Há uma coisa que eu preciso lhe dizer...
- Fala, amor.
- Sou um defenestrador.
E a noiva, em sua inocência, caminha para a cama:
- Estou pronta para experimentar tudo com você. Tudo! Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e
balbucia:
- Fui defenestrado...
Alguém comenta:
- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair porque resisti.

(Luís Fernando Veríssimo)



Leitores, caros leitores. Como a postagem de hoje já está um pouco extensa, não vou me demorar nas minhas considerações finais.
Apenas queria dizer que escolhi essa crônica exatamente agora. Já disse aqui que adoro Veríssimo, não é? Então, essa crônica eu ainda não conhecia. Só agora resolvi dar uma pesquisada nas crônicas dele e escolher uma para postar aqui.
Acho que escolhi bem. A crônica é muito boa. Veríssimo é demais! Me acabo de rir com ele.
Espero que vocês também gostem.
Ótima semana pra vocês, meus queridos.
Grande abraço da Erica Ferro.
Até próxima segunda.

domingo, 1 de novembro de 2009

Simples lições...


Poucas palavras dizem tudo:

"Nenhum homem, por nenhum período considerável, pode vestir uma cara para si mesmo e outra para a multidão, sem que, finalmente, venha a se confundir completamente sobre qual delas talvez seja a verdadeira."

One Tree Hill

Desculpem a falta de inspiração pra colocar algo meu, mas odeio escrever sobre coisas tristes, ou cheia de devaneios, o que é justamente o que tô passando, então decidi colocar uma coisa que hoje está presente em meus dias, a série One Tree Hill, que ultimamente está me ajudando á aprender algumas lições e refletir sobre minhas ações... Ás vezes você não precisa viver muito, ou sair de casa e conversar com outras pessoas, para aprender lições de vida, lições de moral... Uma simples série de TV pode fazer isso... Acho que até uma simples música pode fazer isso....

Fico por aqui... Bom resto de final de semana para vocês...