Bom, nunca pensei que faria isso, mas o Só entre blogueiras entrará em 'recesso' pois as bloguerias andam meio oculpadas no momento e não está havendo tempo suficiente para deixar posts descentes e legais para os leitores. Até que todas estejam livres de tudo que as impessam, estaremos de volta, talvez com modificações.
Até breve, esperando que entendam.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Péssimas noticias.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
A simples verdade
Bom, a Marie não pode deixar um de seus belos textos de quarta-feria por aqui, então como aconteceu um emprevisto com ela e ela carinhosamente avisou, deixarei um dos textos dela aqui.
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No começo é sempre assim. O coração acelera e as mãos ficam frias. Surge aquele olhar apaixonado e misterioso de quem deseja o indesejável. É o jeito desajeitado de amar. As mãos não encontram posições e são guardadas no bolso. A conversa é estranha com perguntas do tipo será que vai chover? Está frio né ?Nesse dia eles olham para as estrelas. A lua os encanta. Eles vivem do primeiro amor. Estão apaixonados. A menina olha para o rapaz timidamente e ele se envergonha. Aquelas mãos desajeitadas começam a se encontrar. De repente elas se unem e um brilho diferente surge no olhar do casal.Ele se aproxima, mas não tem coragem. Como é difícil dar o primeiro beijo. Ela anseia, afinal há tempos espera por aquele momento. Ele sorri e ela ansiosa balança os pés. De um lado para o outro. Será assim todas as histórias de amor, ela pensa.De súbito ele se aproxima e rouba-lhe o beijo. Ela fecha os olhos e se equilibra na ponta dos pés. Não há mais vergonha e nem timidez. Que estranho é beijar, pensa a menina. Agora as mãos parecem que têm vida própria. Vão direto para a cintura da menina e as dela para o pescoço do rapaz. Não há mais conversa. Eles se separam sem se olhar. Acabou. Apenas um abraço e um adeus rompe o silêncio. Agora são apenas bons amigos com uma história de um amor desajeitado e um coração apaixonado.
Nota: A saudade foi tanta que não resisti ficar tanto tempo longe. Obrigada a todos pelo carinho e por todos os comentários e selinhos. Beijos a todos. Marie.
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Esse texto foi postado no amores e suspiros no dia 10 de outubro.
Tenhão um otimo dia!!!!
Postado por Chris às 10:07 6 comentários
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Amor à primeira vista.
Um gesto vale mais do que mil palavras. O aroma de uma rosa envade o ar. Sua pele grita insessantemente por um unico toque. A ultima coisa que você quer é que ele vá embora.
E então você pisca. milhões de pessoas passam a sua frente de uma unica vez e sua "alma" se perde entre elas procurando pela sensação de estar no paraíso novamente. Seu coração tenta falar mais alto que sua voz.
Mas onde está ele? Vasculhando a multidão não se acha nada que seja pareciso. Pois é, nada é perfeito, nem pra sempre. Casos ocorrem na mesma velocidade que acasos.
Talvez um dia. Outro lugar, outra hora. A mesma sensação sempre volta. Menos quando é verdadeiro.
Perde-se a fome, esquece-se como respira, a razão que tinha para viver. Porque não se jogar na frente do primeiro ônibus que passar?
Porque você tem por quem viver.
Alguém que também já sentiu a mesma coisa ao te ver.
Sensações são diferentes em cada ocasião.
Um dia. Outra hora, outro lugar.
O amor não avisa quando chega, nem quando vai embora.
Postado por Chris às 17:03 8 comentários
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Perséfone vem aí...
Oh meu Deus! Já ia esquecendo de postar aqui mais uma vez. Mil desculpas, sim?
É que hoje a internet só funcionou agora, 17:30, mais ou menos (não está de acordo com o horário de Brasília, pois aqui não tem horário de verão, hehe!).
Então, correndo contra o tempo, venho postar uma crônica de um escritor que muito admiro - Nivaldo Pereira.
Jornalista, escreve para o jornal Pioneiro, de Caxias de Sul.
Escolhi uma crônica que foi publicada no dia 28/08/2009. Achei ótima, digna de Nivaldo - ótimo escritor e jornalista, inteligentíssimo; ao meu ver, claro.
Mas creio que terão essa mesma impressão dele após ler a crônica "Perséfone vem aí":
"Acordo com o chilreio animado de um pardal no telhado vizinho, adivinhando primavera. Isso já aconteceu antes, já falei disso aqui. E eis tudo de novo, a repetição de ciclos que dá ordem à vida e nos protege do caos. Se ouvissem esse meu pardalzinho matinal, os antigos gregos diriam: Perséfone está voltando para casa e Deméter mostra sua alegria na natureza. O mito que envolve essas personagens, embora doloroso, é carregado de poesia. Vale a pena recontá-lo, agora que o sol entrou em Virgem e foca nossa atenção nas etapas naturais.
Pois bem. Deméter era a deusa da terra cultivada. Regia as plantações e as colheitas, o trigo e a arte do pão. Tinha uma filha única, a mocinha Core, a quem adorava. Mas essa adolescente já havia despertado o desejo do sombrio Hades, ou Plutão, deus do mundo subterrâneo, senhor de maneiras nada gentis. Certo dia, enquanto brincava na campina, Core foi atraída por uma flor, um narciso. Mal tocou na flor, a terra se abriu, dela saindo Hades em sua carruagem negra, raptando Core para o além. Um grito da filha: foi só o que Deméter ouviu. No reino de Hades, este logo garantiu sua união com a jovem, estuprando-a. E Core virou Perséfone, rainha do mundo dos mortos.
Acontece que Deméter ficou inconsolável com o sumiço da filha. Abandonou o Olimpo e vagou pelo mundo, maltrapilha, procurando, procurando, ninguém sabe, ninguém viu. Com tanta dor e tristeza, a terra foi ficando arrasada, nada mais crescia, a fome grassava. Deus dos deuses, Zeus resolveu intervir. Foi procurar Hades, seu irmão, que não quis conversa. Negocia daqui e dali, a vida em perigo com a depressão da mãe-terra, Hades consentiu num acordo. Uma parte do ano, Perséfone ficaria com a mãe, e outra parte, com ele, o agora marido.
Assim, a cada outono, Deméter chora a descida de Perséfone para o mundo dos mortos; a natureza se torna melancólica, até o frio do inverno. Mas, na primavera, é tempo da alegria do reencontro de mãe e filha, e tudo parece sorrir de contentamento. O pardal no telhado vizinho também parece saber por instinto desse tempo e faz festa para Perséfone."
Ah, semana que vem prometo programar a postagem no domingo. Assim, mesmo que essa que hoje é o meu dia de escrever aqui, o próprio blog postará o meu texto.
Me desculpem, mais uma vez, por esse meu esquecimento desmedido e constante nos últimos tempos.
Não sei o que há comigo (haha!).
A paixão, talvez? Ui!
É, só se for a paixão pela vida.
É isso, meus leitores.
Fico por aqui.
Ótima semana pra vocês.
Nos vemos na próxima segunda, certo?
Grande abraço.
Postado por Érica Ferro às 18:38 2 comentários
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Pétalas
Ao redor pétalas murcham refletem a estória de um coração amargurado . No peito apenas o pranto e a lembrança de quem jamais voltará.Você pode sentir?
Postado por Anônimo às 10:35 4 comentários
Marcadores: desabafo, Despensativa
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Instinto e vdg
Hei girls eai? Final de semana bom, ruim, ou pessimo? O meu foi o tédio.
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VDG na capa da Capricho:
Postado por Chris às 23:28 3 comentários
Marcadores: abobrinhas, rsr
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Defenestração...
Aonde eles chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- lh, agora é que ninguém vai entender mais nada...
Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alô...
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem devia ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo devia ser o barulho que um corpo faz ao cair na água.
Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas.
Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deviam sussufrar no ouvido das mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas... Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração..." Era uma palavra cheia de implicações.
Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:
- Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada.
Mesmo errada, era a palavra exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês "defenestration". Substantivo feminino.
Ato de atirar alguém ou algo pela janela!
Acabou a minha ignorância mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte.
Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.
- Les defenestrations. Devem ser proibidas.
- Sim; monsieur le Ministre.
- São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
- Sim, monsieur le Ministre.
- Com prédios de três, quatro andares, ainda era admissível. Até divertido.
Mas daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: "Interdit de deffnestrer". Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.
Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.
- É esta estranha vontade de atirar alguém ou algo pela janela, doutor...
- Hmm. O impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a
mãe. Nada com o que se preocupar - diz o analista, afastando-se da janela.
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.
Na lua-de-mel, numa suite matrimonial no 17o andar.
- Querida...
- Mmmm?
- Há uma coisa que eu preciso lhe dizer...
- Fala, amor.
- Sou um defenestrador.
E a noiva, em sua inocência, caminha para a cama:
- Estou pronta para experimentar tudo com você. Tudo! Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e
balbucia:
- Fui defenestrado...
Alguém comenta:
- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela!
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair porque resisti.
Apenas queria dizer que escolhi essa crônica exatamente agora. Já disse aqui que adoro Veríssimo, não é? Então, essa crônica eu ainda não conhecia. Só agora resolvi dar uma pesquisada nas crônicas dele e escolher uma para postar aqui.
Acho que escolhi bem. A crônica é muito boa. Veríssimo é demais! Me acabo de rir com ele.
Espero que vocês também gostem.
Ótima semana pra vocês, meus queridos.
Grande abraço da Erica Ferro.
Até próxima segunda.
Postado por Érica Ferro às 00:55 3 comentários