segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A invenção do "O"

Na era da pedra lascada
da língua falada
antes de inventarem a letra
que imitava a lua
as palavras diziam nada
e nada levava a nada
(aliás, nem precisava rua).
A frase ficava estática
de maneira majestática
a grandes falas presumíveis
permaneciam indizíveis
- imagens invisíveis
a distâncias invencíveis.
Vivia-se em cavernas mentais
numa inércia dramática.
Ir e vir, nem pensar
ninguém mudava de lugar
que dirá de sintática.
Aí inventaram o "O"
e foi algo portentoso.
Assombroso, maravilhoso.
Tudo começou a rolar
e a se movimentar.
O Homem ganhou "horizontes"
e palavras viraram pontes
e hoje existe a convicção
que sem a sua invenção
não haveria Civilização.
Um dia, como o raio inaugural
sobre aquela célula no pantanal
que deu vida a tudo,
veio o acento agudo.
E o homem pôde cantar vitória.
E começou a História.
(Depois ficamos retóricos
e até um pouco gongóricos).

Luis Fernando Veríssimo



Hoje não postarei nenhum texto meu. Resolvi variar um pouco, mostrar minhas opiniões, expor meus gostos e, enfim, fazer vocês me conhecerem melhor. Tenho uma admiração enorme pelo Luis (se quiserem o conhecer melhor, cliquem aqui). Ele escreve de maneira bem humorada, mas não tola (apesar de que o poema que escolhi pra postar hoje aqui não afirmar o que eu digo quando falo que ele escreve de forma bem humorada; o poema é sério e nos faz refletir; porém leiam mais coisas dele e verão o modo único, engraçado e maravilhoso que ele escreve!). São escritos que sempre passam uma lição, uma reflexão. Acho que é por isso que gosto tanto dele, por ele escrever coisas sérias de modo que nos faz rir ao mesmo tempo que refletimos.
Me digam, vocês já leram muitas coisas do Veríssimo, gostaram? Particularmente, A D O R O!
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Como estão, pessoas queridas?!
Como foi o fim de semana? Se divertiram?
O fim do mês está chegando, não é? E aí, o que me dizem desse mês? Foi proveitoso?
Se não foi, faça o próximo ser proveitoso. Aliás, temos que fazer os nossos dias terem sentido sempre, não só hoje e nem só amanhã. É sempre!
Afinal, a vida é curta (e passa rápido!).

Sinto informa-lhes que só nos veremos em outubro (haha!).
Sei que morrerão de saudades - mas eu volto!
Sou engraçada, não é? Não, eu sei que não (hehe!).

Gente boa, é isso. Fico por aqui.
Grande abraço da Erica Ferro.

1 comentários:

Ana Seerig disse...

Bah, os Veríssimos são ótimos escritores, tanto o pai, Erico, quanto o filho, Luis Fernando. Os dois são geniaias, apesar de estilos diferentes...

Sem contar que são gaúchos, e isso já é meio caminho andado! ashaushasuh


Bjooo